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Porque não uma aldeia global no ciberespaço?



Estudar o município de Porto Seguro para propor a sua representação virtual não é tarefa fácil diante da imensidão de aspectos e etnias que compõem a sua dinâmica. É preciso buscar na história, fatores preponderantes à sua identificação, de modo que o processo de transposição para o ciberespaço, sejam privilegiados elementos simbólicos do local, buscando, evidentemente, tratá-los sem espetacularização, mas sim, criando perspectivas de melhorias sociais e do próprio homem, que funcionem como estímulo à perpetuação da cidade na rede.


Onde nasceu o Brasil? Indubitavelmente, o mito do descobrimento e a idealização do índio enquanto ser puro e ingênuo são fatores de grande força na comunicabilidade turística referente ao município, inclusive no ciberespaço, o que não poderia ser diferente, afinal em qualquer livro de história do Brasil, esse local é determinado como o centro originário da cultura brasileira. Contudo, deve-se propor ao usuário da internet, aproveitando as suas características, uma visão menos utópica sobre o local, utilizando recortes das práticas sociais que fomentam o seu cotidiano e sinalizam os diferentes grupos culturais que o dinamizam. É esta a perspectiva, embasada pela idéia de vencidos e vencedores de Benjamim (1997), que se fundamenta o estudo sobre o multiculturalismo do local a partir do grupo étnico indígena.


Em cada espaço do município, há diferentes realizações humanas, voltadas para suprir as carências e as necessidades sociais, para propor a interação e unidade dos grupos humanos que o dinamizam, firmando então uma identidade cultural. Nos bairros, nas associações, nas escolas, nas igrejas e nos guetos há sempre uma forma política de organização que delimita os aspectos característicos das práticas sociais. É essa dinamicidade que torna os centros funcionais e alimenta a concepção da cidade, enquanto um composto orgânico vivo. Assim, estudar o turismo no município de Porto Seguro exige uma acepção sobre a atual forma de organização indígena, enfocando questões étnicas que ainda persistem após tanto tempo da ‘civilização brasileira’, embora a cultura indígena do local já tenha passado por transformações e adaptações à contemporaneidade.


Eletricidade, televisores, antena parabólica, telefone, receptor de ondas de satélite, cursos de informática, internet, representados no Box 1, utilizado como epigrafe. Tudo isso compõe a ambiência dos índios Pataxós na aldeia em Coroa Vermelha, município de Santa Cruz Cabrália, há alguns minutos de Porto Seguro. Pode-se dizer, sem dúvidas, que essa é literalmente uma aldeia global, que se procura utilizar das inovações para propor a unidade do grupo étnico Pataxó. Portanto, no título do tópico, a expressão aldeia global (fazendo menção a Mcluhan) reúne metonímia e ironia para iniciar um estudo, sobre a relação dos Pataxós com as atuais tecnologias de informação, evidenciando as expectativas destes para com a internet, de modo a entender como esse ciberespaço pode proporcionar alterações na dinâmica da comunidade, que venham a culminar na melhoria da vida.


Portanto, busca-se sinalizar, através do título, que os atuais Pataxós, ao contrário do que delimitam comunicações turísticas, estão devidamente atentos às transformações mundiais. A aldeia urbana, como os próprios índios denominam, é cenário das ações que promovem a adaptabilidade do índio à contemporaneidade. Escolas, cursos, negociações e reuniões internas são evidenciadas em Coroa Vermelha, propondo uma articulação geral entre os índios habitantes da Costa do Descobrimento. Assim sendo, pode-se dizer que a aldeia vai tornando-se global à medida em que vai absorvendo as influências mundiais, as utilizando em benefícios próprios. Mas que ações reais estão sendo cogitadas a partir da internet? Ou que mudanças os Pataxós esperam promover a partir da utilização deste média?


Na tentativa de entender como a internet pode potencializar as lutas indígenas, contribuindo para organização e adaptação do grupo nessa era de cibercultura, foram aplicados questionários a estudantes e professores índios atuantes na aldeia urbana, considerando que estes podem representar a comunidade indígena da Costa do Descobrimento e, portanto, do município estudado. Afinal, a própria dinâmica desse grupo cultural caracteriza-se pelo deslocamento constante dos seus membros entre as aldeias. Assim, os índios transitam e residem esporadicamente em aldeias diferentes, dependendo da sua atividade e das determinações gerais do grupo. Assim, pode-se inferir que tanto em Porto Seguro quanto em Coroa Vermelha há uma mesma concepção sobre o mundo contemporâneo. A escolha pela realização da pesquisa na tribo de Coroa Vermelha deveu-se à facilidade de deslocamento.


A partir de 1970, com a proliferação do movimento migratório para o município de Porto Seguro, várias etnias começaram a misturar-se, gerando novas expressões culturais (multiculturalismo, hibridismos), mas, por outro lado, ampliando problemáticas já evidentes no local, como a luta pela posse de terra entre e índios e ‘não índios’. Um conflito que ultrapassa os limites territoriais, penetrando na esfera da cultura, dos valores, da intolerância, da exploração e especulação sobre os espaços privilegiados pela natureza e sobre as produções do homem local. Em entrevista, na segunda etapa da pesquisa de campo, ocorrida entre 07 e 14 de janeiro de 2004, a representante da Funai, chefe do setor de educação do órgão, Irene Maria de Jesus, aponta que essas problemáticas têm sua ampliação com a prática turística.


Existe uma série de problemas decorrentes da atividade turística junto à aldeia indígena, principalmente pela presença, mesmo temporária, de não índios que devido a essa troca de informações tanto benéficas quanto maléficas induzem a práticas que acabam direcionando o que seria o natural dentro das aldeias para situações antes não previstas. Nós temos sérios problemas de prostituição, tráfico de drogas e a perda dos sentidos reais do que é ser índio, da cultura indígena e a perca da referência do legado cultural (Irene Maria de Jesus, em entrevista na primeira etapa da pesquisa)


Diante desse depoimento, ficou patente a importância de se desenvolver um estudo sobre etnia, do modo que se possa melhor compreender a relação entre índios e turismo nessa era de cibercultura. Assim, na ultima etapa da pesquisa de campo, aplicou-se questionário a dez integrantes da aldeia urbana, pelo método intencional não probabilístico por julgamento. O critério de seleção baseava-se no uso da internet e no grau de escolaridade.


Aplicou-se questionário, então, a cinco estudantes da oitava série do ensino fundamental, o maior grau de ensino na escola indígena, e a cinco professores, respeitando as exigências e peculiaridades da tribo. As questões foram entregues a um representante do grupo, que se responsabilizou por sua distribuição, atendendo aos critérios da metodologia estipulada para a pesquisa. As questões eram três: O que é etnia?; Quais as principais problemáticas que o grupo étnico indígena enfrenta?; e Como a internet pode contribuir para a solução dessas problemáticas? Dos dez questionários, apenas sete foram devolvidos preenchidos.


A compreensão sobre um grupo étnico não é tarefa das mais fáceis. As razões da etnia estão impressas no dia-a-dia das comunidades enquanto totalidade de indivíduos e em cada pessoa que, por si própria, tenta encontrar seu lugar na complexidade das relações sociais. Tentar se encontrar, tentar se descobrir e tentar se impor no universo do capitalismo selvagem, que define a todo tempo divisões nas sociedades, requer uma autoconsciência de si, da sua coletividade e da sua história.


Ao verificar que as relações humanas estão submetidas mais à seleção social que natural, entende-se que é “o modo pelo qual, sob os efeitos das seleções sociais, os elementos antropológicos superiores e inferiores se combinam em uma população que determina as vicissitudes da história” (POUTGNAT & STREIFF-FENNAR 1998, p.34) e compreende-se, então, o surgimento e o declínio das nações e no interior destas, a complexidade das comunidades que dinamizam o cotidiano das sociedades e compõem diferentes grupos étnicos.


De acordo com Poutgnat e Streiff-Fennar (1998, p.34), entende-se etnia como “um modo de agrupamento formado a partir de laços intelectuais, como a cultura e a língua”. Desse modo, os grupos étnicos não podem ser identificados somente por suas características físicas nem mesmo podem ser delimitados a localidades geográficas. Um grupo étnico deve ser reconhecido por meio das práticas e hábitos cotidianos, das manifestações estéticas, culturais e ideológicas, das reivindicações e lutas contra a intolerância e da luta por seus direitos bem como pelos sentimentos comuns que sãos os responsáveis pelo estímulo e fortalecimento das relações entre os indivíduos componentes de uma comunidade – um grupo étnico.


Considerando as necessidades de mudança e descoberta do homem bem como um arsenal de informações, que a todo o momento invade seus espaços, compreende-se que existem diferentes perspectivas entre pessoas que habitam uma localidade. Por isso, aponta-se que os grupos ou comunidades étnicas não estão necessariamente reunidos em uma mesma área geográfica, “eles existem apenas pela crença subjetiva que têm seus membros de formar uma comunidade e pelo sentimento de honra social compartilhado por todos que alimentam tal crença” (POUTGNAT & STREIFF-FENNAR, 1998, p.38). A etnicidade, portanto, fundamenta-se pelo modo de como são organizados e delimitados os estilos de vida assim como pela evidência das características distintivas que estabelecem as contextualizações sociais.


Essa percepção pode ser identificada junto ao grupo da amostragem. Dos sete questionários devolvidos, em todos, a etnia era definida a partir de um inter-relacionamento humano através das ações e valores que compõem a cultura do grupo e também dos aspectos co-sanguíneos. Nas respostas referentes à definição de etnia, estão associadas história, língua, política, religião, entre outros aspectos, como elementos identificadores de um grupo étnico. Como escreveu um índio Pataxó “etnia é um grupo de pessoas diferenciadas e munidas por sentimentos e em contexto de pertencimento sócio-cultural: histórico, linguístico, co-sanguíneo, política, religiosa, econômico, territorial”. Contudo uma necessidade de adaptação à modernidade também faz parte do contexto étnico descrito pelos índios Pataxós. Assim encontrou-se em uma das respostas que etnia “é nunca deixar suas origens, sua história e seus costumes morrer. É deixar vivo o que está pouco a pouco sumindo e viver o que é real”.


De modo geral, pode-se, por inferência, identificar a existência de um sentimento comum entre os componentes desse grupo étnico, que os possibilitam reconhecerem-se e identificarem-se entre si, fomentando os sentidos da comunidade. Pode-se também inferir que é justamente esse sentimento coletivo de pertença que possibilita, atualmente, a unidade de um grupo étnico, como a comunidade Pataxó.


Para Weber, o fator decisivo continua sendo a comunidade política. Ela corresponde ao que ele designa como a forma ‘mais artificial’ de origem da crença no parentesco étnico, aquela pela qual uma associação racional (tal como uma atividade comum de defesa do território ou do de conquista ou mesmo de uma simples subdivisão administrativa) transforma-se em comunalização étnica, atraindo um simbolismo de comunidade de sangue e favorecendo a emergência de uma consciência tribal ou a eclosão de um sentimento de dever moral ligado à defesa da pátria. (POUTGNAT E STREIFF-FENNAR, 1998, p.39).


Portanto, entendendo a política como um aspecto organizacional das comunidades, como já foi evidenciando no tópico 3.1.2, é preciso definir as principais problemáticas sociais características do grupo cultural em questão, para, em seqüência, trabalhar a partir da própria perspectiva do grupo, uma maneira de se utilizar a internet de modo a contribuir para a edificação de soluções. Nesse sentido, identificou-se, na segunda questão, as principais problemáticas enfrentadas pelo grupo Pataxó; como: preconceito, condições desiguais de trabalho, precárias condições de habitação, falta de demarcação justa de terras, desintegração cultural, pobreza e o desprezo.


Também foi evidenciada, a espetacularização da cultura indígena, devido à falta de conhecimento dos não índios sobre a história e as peculiaridades do grupo. Pode-se dizer que muitas dessas problemáticas indígenas correspondem a articulações que descrevem a intolerância do homem frente às diferenças e que apontam para a urgência de ações que possibilitem o fortalecimento dos grupos étnicos e das comunidades oprimidas, possibilitando-os interagir com os seus ‘então opressores’ com as mesmas condições de sobrevivência. Na verdade, está-se aqui estendendo a ideia de etnicidade para o espaço das relações, que, quando concentrado em divergências econômicas, políticas, sociais, sanguíneas, ou sexuais, definem as hierarquias sociais e as condições de sociabilidade, no sentido definido por Maffesoli (1998).


De fato, fundamentado em pressupostos capitalistas pode-se, de certo modo, justificar as razões pelas quais predominam, entre diferentes grupos étnicos ou diferentes tribos, as condições desiguais de sobrevivência e de participação nas decisões políticas locais. Contudo, quando se consideram as diversas comunidades pelo ponto de vista cultural, reconhecendo que cada uma tem seus próprios princípios, valores e desejos, não se pode entender, muito menos, aceitar tais razões institucionalizadas. Todo grupo tem que ser valorizado e respeitado dentro de suas perspectivas, sejam elas estéticas, de consumação, de convivialidade ou de erotismo.


Essa não aceitação ou indignação com as precárias condições humanas em que se encontram grupos discriminados, faz emergir ações voltadas não somente para a resolução das problemáticas, mas também para o esclarecimento ao público externo sobre os conflitos e sobre as razões e expressões daquele grupo cultural oprimido. Nesse sentido, há, junto à comunidade indígena, além das lutas por posse de terra, tão evidenciadas pelos meios de comunicação, ações em prol da organização interna e da unidade do grupo, em que se buscam um estudo e a valorização da cultura.


Hoje os professores indígenas têm uma organização. A Associação dos Professores Indígenas do Estado da Bahia. Elas passam por um processo de formação continuada e uma das reivindicações é a questão de dá suportes tecnológicos para as escolas. Além do suporte físico, eles querem que todos as escolas indígenas tenham computadores, estejam ligados à internet e a previsão deles é formar uma rede de escolas indígenas, como uma comunidade virtual. Em outros estados isso já acontece. Uma das principais atribuições atuais da escola indígena é a realização de pesquisa sobre a cultura antepassada.


Os índios estão buscando encontrar no seu dialeto a denominação das inovações contemporâneas, como a internet. A pesquisa ocorre em autonomia metodológica, embora a Funai tenha um trabalho de orientação. Os próprios índios discutem entre si a melhor forma de atividades no sentido não só de resgate, mas de reconstrução da cultura, envolvendo tudo, material, espiritual, tudo que envolve a tradição. (Irene Maria de Jesus, Chefe do Setor de Educação da Funai. Durante a entrevista na primeira etapa da pesquisa de campo.)


A escola indígena corresponde a uma tentativa de adaptação da cultura do índio às transformações mundiais, buscando propor um movimento contínuo de construção e reconstrução da cultura, fomentando um processo total de multiculturalismo, no qual a educação torna-se a base das transformações sociais. Tem-se com essa iniciativa uma proposta de educação intercultural, na qual se pode encontrar, subentendido, a noção de que uma cultura não se constitui isoladamente, mas também das inter-relações com o ambiente externo. Assim, à medida em que o índio penetra na sociedade entrando em negociação com outras culturas, ele, consciente de sua etnia, pode cada vez se auto-afirmar enquanto índio.


Nesse sentido, o ciberespaço pode ensejar a transformação da diferença em informação, promovendo, ao mesmo tempo, a ampliação dos sentidos da comunidade e o reconhecimento, por outros grupos, das peculiaridades indígenas. Portanto, está-se conduzindo o processo de desterritorialização e, conseqüentemente, de glocalização, da referida comunidade. É essa perspectiva de desterritorilaização que os índios Pataxós atribuem à internet, o que pôde ser identificado junto à análise da terceira questão do questionário sobre a utilização da internet para solucionar problemáticas indígenas.


Em todos as respostas, esse ciberespaço foi evidenciado como um meio comunicacional capaz de promover a divulgação das lutas da comunidade, ajudar na organização dos documentos do grupo e na realização de pesquisas importantes para o seu desenvolvimento socioeconômico. “A internet pode contribuir para divulgar as necessidades da aldeia, expressar as nossas idéias, estar conectado com o que está acontecendo no mundo” expressou um Pataxó. Outro aponta que “pesando em um mudo globalizado, a internet é um dos meios de solução, divulgando a verdadeira situação que os povos indígenas enfrenta [sic] hoje e conscientizando o mundo, pois índio também é gente e tem direitos!”.


Portanto, as perspectivas da comunidade indígena sobre a utilização da internet, ultrapassam em muito as divulgações turísticas, em que estes aparecem como elementos da exótica natureza da região. Ao contrário, o ciberespaço, é entendido pelos índios como mais uma possibilidade de fortalecimento dos laços comunitários do grupo, reforçando assim suas respectivas identidades bem como um espaço de conexão com outras culturas.


É importante perceber, a partir dessas opiniões, que existe uma crença na potencialidade do ciberespaço em ampliar os sentidos da luta pelos diretos coletivos, contribuindo para a ampliação dos limites espaciais da comunidade o que pode culminar em uma prática de ‘ciberativismo’. Pode-se assinalar, contudo, que agora mais do que nunca a comunidade indígena vislumbra a possibilidade de se desprender das fronteiras geográficas e culturais, ampliando seus horizontes para espaços talvez nunca imagináveis, o que pode refletir no maior fortalecimento da comunidade, criando bases políticas sólidas para vencer os preconceitos e a discriminação.


Pode-se afirmar que a comunidade Pataxó está atenta aos novos significados que esse mundo digital está impondo e como eles podem reorganizar o espaço habitado e, então, apropriá-los às suas diversas propostas.Contudo, pode-se apontar que existe uma certa utopia (ou seria aquela ingenuidade atribuída ao grupo há 500 anos?) com relação ao uso da internet. Os entrevistados parecem ainda não ter a compreensão de que, como em qualquer outro sistema de produção, o atual modelo virtual também permite a existência de tecnologias de controle para o fluxo de informações e serviços que formam o ciberespaço.


Os entrevistados demonstraram possuir uma certa compreensão das diferentes perspectivas das organizações culturais, assim como uma postura política contundente e coerente com seu grupo étnico. Ao proporem uma versão adaptada aos debates do passado, atribuindo-lhe um novo sentido através da utilização do ciberespaço como intermediador das interações entre os membros do grupo indígena, apontam para uma nova concepção da democracia voltada para o desenraizamento dos propósitos da comunidade.


Ratifica-se, assim, que as novas tecnologias de informação, como o ciberespaço, não estão criando novas concepções de mundo nem de identidade, nem de nação. Elas estão, sim, ampliando os limites culturais dos grupos étnicos e desterritorializando ainda mais os seus propósitos, tornado evidente que o conceito de etnicidade ultrapassa os limites territoriais. A etnia pode ser entendida através de uma totalidade de aspectos que permeiam um contingente populacional. São esses aspectos que permitem às pessoas o reconhecimento e a identificação com o distante, geograficamente, em suas buscas, em suas viagens e em suas perspectivas intelectuais, compondo, desse modo, uma comunidade, que pode ser identificada, então, como um grupo étnico e suscitar uma nova prática turística.


Assim, a partir das expectativas indígenas sobre a internet, ratifica-se a necessidade de se repensarem as representações virtuais de município, de modo a propor alternativas para a comunidade construir suas próprias expressões virtuais e difundir suas concepções de mundo, fortalecendo, desse modo, os sentidos da sua cultura. É preciso também percorrer as idéias dos outros grupos culturais que fomentam o de processo multiculturalismo característico do município, observando a concepção destes sobre a sua própria ambiência e destacando as suas perspectivas sobre o uso da internet. No próximo tópico, será apresenta uma percepção dos demais habitantes dos principais centros turísticos do município de Porto Seguro (Trancoso, Arraial d’Ajuda e a cidade sede), identificando que aspectos estes entendem como representativos do local.

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Sobre o autor:

Moabe Breno Ferreira Costa é graduado em Comunicação Social, pela UEPB, mestre em Cultura e Turismo (UESC-UFBA) e faz doutorado na UFRN –bolsista CNPq. É também professor universitário e tem mais de dez anos em experiência com comunicação institucional.

 

Currículo Lattes:

http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4734564U1

sobre o Livro:
 

O Livro ‘Tecnologia, Cultura e Turismo: perplexidades e complexidades de Porto Seguro-BA na era da cibercultura’ busca entender a cultura turística, discutindo temas como virtualização e metamorfoses sociais e tecnológicas; apresenta uma associação entre turista e flâneur benajaminiano, além de uma noção de turismo cyberpunk, trazendo abordagens sobre raves, música eletrônica, ciber-moda. Há também uma análise de sites de empreendimentos turísticos e uma sugestão de construção da cidade virtual turística.

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